De onde vêm as raças dos cães?



De certeza que conhece mais do que uma raça de cães. Mas sabe de onde é que vêm as raças dos cães? Porque é que há tantos cães diferentes?

Em primeiro lugar, precisamos de fazer uma viagem na história do mundo. Os cães apareceram há 100.000 - 130.000 anos, quando se separaram dos lobos. Enquanto os lobos permaneceram selvagens, os cães começaram a aproximar-se dos humanos há sensivelmente 30.000 anos. Há 15.000 anos, 20% das raças que encontramos actualmente já existiam por mera evolução natural.

Os cães estavam adaptados à zona a do mundo em que habitavam, nomeadamente ao clima. Nas zonas frias, desenvolveram pêlo longo e formas de preservar o calor. Nas zonas quentes, ficaram com pêlo mais curto. A própria alimentação de cada zona e os predadores que tinham de escapar também ajudaram a promover determinadas características.

Mas o que aconteceu com os outros 80%? Bem, aí é que a história fica mais interessante. À medida que os cães foram domesticados pelos humanos, as raças foram-se cruzando entre si. Por isso, começaram a aparecer cães com novas características. Aliás, muitas vezes, os humanos fizeram cruzamentos selectivos com o objectivo de encontrar cães com determinadas características.

A isso chama-se selecção artificial. É por isso que temos animais de grande porte, cujo objectivo era servir de cão de guarda ou de cão pastor, por exemplo. Mas também cães pequenos, que eram uma ajuda na caça. Ao longo dos séculos, isto resultou em mais de 300 raças diferentes – a título de curiosidade, o primeiro “inventário” das raças de cães data de 1873.

Desde então, os humanos já fizeram mais cruzamentos para criar novas raças. No entanto, a motivação é quase sempre estética. Muitas vezes, estas tentativas resultaram em raças mais propensas a ficar doentes e que precisam de cuidados veterinários específicos. Mesmo assim, é provável que continuem a aparecer mais raças devido a esta selecção artificial.



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